sexta-feira, 13 de junho de 2014

Abertura oficial da Copa do Mundo no Brasil é marcada por protestos em diversas cidades do país


Cristiane Moreira/NI
Na última quinta-feira (12) diversos movimentos sociais participaram do protesto contra a Copa do Mundo de futebol. Em Porto Alegre, a manifestação teve início em frente a prefeitura e percorreu as principais ruas do centro da capital. Agências bancárias,uma franquia do McDonald’s, bancas de jornais e publicidades foram alvo de alguns manifestantes do movimento Black Block. Agentes da EPTC e a Brigada Militar acompanharam a marcha até Largo Zumbi dos Palmaress, onde uma parte do grupo encerrou a caminhada. Porém, outra parte do grupo decidiu seguir a marcha em direção ao Anfiteatro Pôr-do-Sol, onde ocorria a Fan Fest. O grupo não conseguiu se aproximar do local, houve confronto e a Brigada Militar lançou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. 
Durante o confronto, repórter fotográfico, Ricardo Giusti, do jornal Correio do Povo foi atingido na perna por estilhaços de uma bomba, ele teve sua roupa queimada, mas passa bem.  De acordo com informações postadas em algumas redes sociais, um total de seis pessoas foram detidas e encaminhadas para a Academia Integrada Segurança Pública (ACISP), para onde serão enviados os manifestantes detidos durante a Copa do Mundo. 

Abaixo as imagens:






Diversos protestos  estão previstos, durante a Copa, em todo Brasil, nós queremos a sua opinião:

Você concorda que o Brasil esta preparado para receber uma Copa do Mundo?

Responda nossa enquete.



sexta-feira, 30 de maio de 2014

Amar e Decepcionar = Recomeçar Melhor

Assim  como o tempo é responsável por tudo que vivemos, ele mesmo se encarrega de nos reanimar .

A menina estava se sentindo solitária, carente e triste.  Às vezes ao sair na rua em lugares muito movimentados se sentia até meio perdida e com medo.  O  que estava pela sua frente, vindo para que só ela pudesse ir atrás e conseguir, era uma incógnita fria. Reconquistar suas próprias decisões e valores,  resumidamente sua  própria vida, era a questão. 

O sentimento de perder um grande amor é inigualável, mas para Carine o maior desafio foi  se desligar dele ainda havendo paixão por ambos, era muito pelo contrário,  o sentimento sempre vai existir, mas infelizmente não era mais o suficiente para manter a vida de um casal. Na rotina, ela vivia há quatro anos com o namorado, se amavam e eram muito felizes, até certo momento.

Os dois tinham uma cumplicidade invejável e uma lealdade inigualável. Mas o respeito, a chave essencial de um relacionamento, acabou, e acabando o respeito, aos poucos, aquele amor imenso no coração, foi sendo ferido e cada vez mais as estruturas desse amor se tornavam  insustentáveis.  Brigas e brigas, só brigas, a felicidade não predominava mais, e ela se sentia predominantemente a gata borralheira.

Mas como todo casal  que se ama, não desistiram nas primeiras dificuldades, os dois foram muito fortes e enfrentaram brigas e discussões inaceitáveis. Só por um motivo todas aquelas brigas, agressões e ofensas eram aceitas, porque dentro deles havia uma esperança de que um dia toda essa tempestade havia de passar. E que a alegria começaria de novo a predominar o eterno ninho de amor.

O lar  que os dois acordavam e iam dormir todos dias e noites juntos,  na cama em que todas as brigas e ofensas eram esquecidas na hora de se abraçar e descansar. O lar que foi testemunha de um companheirismo único e do qual com certeza ela vai sentir falta. Um lar que,  com o passar dos anos, viu as indiferenças aparecendo e as brigas se tornando frequentes. O mesmo lar que foi testemunha  de tantas coisas boas, também foi de móveis sendo arrastados com as brigas e empurrões, dos gritos, puxões e beliscões.

Tudo isso foi se tornando permanente ,  que era algo que existia somente quando os dois estavam muito estressados pela sua vida pessoal, começou a ser frequente quase que diariamente.
Carine, mais que ele, não aceitava isso para si, pois entendia o perigo e a infelicidade que as brigas traziam.  Sabia que brigas são normais em qualquer tipo de relacionamento, mas as suas passavam de qualquer limite, isso não era bom pra ambos.  

Carine diz que sempre ela tomou a atitude de tentar seguir a vida sem essas brigas, até mesmo largando o seu amor.
 Mas esse mesmo amor que nem ela acreditava que era tão forte,  não sustentou a falta de maturidade dos dois jovens . Ela se sujeitou a tudo de novo e voltou para seu conforto, sua cama, seu lar, seus móveis, sua casa e sua vida ao lado dele .

Só que a jovem, de 22 anos,  depois de uma noite pesada de brigas, acordou  com os olhos inchados de tanto chorar, e o coração doendo de tanto sofrer, se olhou no espelho e pensou:  Será que vale a pena  todo esse sofrimento e esse esforço feito? Será que vale a pena lutar por um amor que já não se sustenta mais?

Ela tomou a decisão de seguir o seu caminho sozinho, na sua paz, e agora o que mais quer é aprender a ser feliz sozinha. Carine diz que já esta aprendendo e é muito gratificante ser feliz sozinha. A jovem sentia o amor próprio revigorando dentro de si a cada dia. Para essa menina,  o mundo não tem barreiras para nada, quando se tem a liberdade de existir. Nada como um dia após o outro, e um dia de cada vez.

Hoje ela continua sendo essa  jovem sonhadora, sofre as vezes por um amor que tinha tudo para dar certo para sempre e durou somente quatro anos, e que ela nunca vai esquecer por toda sua vida.  Esses quatro anosa ajudaram a se tornar a mulher que se tornou hoje.

Mais madura e decidida, ela mudou, mas nunca vai deixar de sonhar com seu príncipe encantado, que vai acorda-la todo dia dizendo que a ama. Mas ela sabe que isso é assim por um tempo, como tudo. Pode até estar errada, mas as pessoas mudam, e aquela pessoa que tu conheceu ontem não vai ser necessariamente a mesma, com as mesmas atitudes e demonstrações de afeto daqui algum tempo. E isso tem que aprender porque até nós mesmos mudamos com o passar dos anos.

A nova menina e nova mulher, agora é nova em tudo e principalmente nela mesma,  aprendeu que amar é preciso, mas ter consciência e usar a razão as vezes é melhor para o coração.  Mas ela não desistiu de ser feliz, ela só quer ser feliz com ela mesma,  e depois alguém pra que transbordem  de felicidade. Por mais que ela tenha passado por algo que não há palavras pra explicar a intensidade de amor e tristeza, ela esta pronta, pronta pra um novo recomeço de uma nova era, uma nova vida, com novos desafios, novos ares e até novos amores.

E assim como o tempo é responsável por tudo que vivemos, ele mesmo se encarrega de nos reanimar e viver essa vida tão cheia de escolhas e coisas boas.

Por Maíra Pilatti/NI

terça-feira, 27 de maio de 2014

Porto Alegre também é palco de intervenções urbanas

Na última sexta-feira (23) Porto Alegre foi palco de uma intervenção artística, promovida pelo grupo de teatro Desvio Coletivo, de São Paulo. A intervenção chamada Cegos é uma crítica ao ambiente corporativo e a falta de ética no meio político, financeiro e jurídico do país e visa intervir poeticamente na rotina das cidades por onde passa. Vestidos de terno e gravata, com as roupas cobertas de lama e olhos vendados, os atores caminharam durante uma hora pelo centro de Porto Alegre. Por onde passou, o grupo atraiu os olhares curiosos da população, que respondia com olhares de espanto seguidos de tímidos sorrisos.

 Confira abaixo algumas imagens da intervenção:

Foto: Cristiane Moreira

Foto: Cristiane Moreira

Foto: Cristiane Moreira

Foto: Cristiane Moreira

sexta-feira, 16 de maio de 2014

#TAPANACARADORACISMO

Campanha contra o racismo tomou conta das redes sociais na última semana 

No ano de 2014, atos racistas tomaram proporções lamentáveis no âmbito do esporte mais popular no mundo. No ultimo domingo (27) o jogador Daniel Alves do Barcelona, negro e brasileiro, que vive  10 anos na Espanha, sofreu uma agressão racista ao bater um escanteio. Poderia ser mais uma manifestação de preconceito a entrar nas estatísticas, se o atleta não tivesse ridicularizado o torcedor que o ofendeu: Comeu a banana jogada pelo agressor, fruta usada para relacionar negro ao macaco, e causou um alvoroço no estádio devido ao ato inusitado.

Neymar, seu colega de clube e fenômeno atual de mídia, que já havia sofrido preconceito na Espanha, aproveitou a repercussão da situação e tirou uma foto com a fruta em questão, a famosa banana, e usou a hashtag somos todos macacos. A partir desta foto, o Brasil e o mundo inteiro aderiram a campanha como uma forma de ridicularizar os agressores de plantão. No primeiro momento, a campanha criada por uma agência de publicidade, teve uma receptividade enorme diante da população.  Um “tapa na cara da sociedade”. Porém, nem tudo são flores. Luciano Huck, um entusiasta da manifestação, lançou uma camiseta explorando o tema. A Iniciativa foi bastante criticada pelo público, o oportunismo citado pelos cidadãos, fez com que a campanha, que tinha um caráter inocente e de tentativa de ridicularização do preconceito, tomasse um revés diante da opinião pública. Apesar do grande apelo e da confirmação do sucesso da campanha, atitudes como a de Luciano e declarações contrarias de outros artistas, fizeram com que a maneira inteligente e inusitada para se combater o preconceito, não se tornasse unanimidade entre os populares.   

Passado uma semana do ocorrido, opiniões fortes a respeito da situação foram tomando as redes sociais. Roberta Arglies, estudante , afirmou que esta campanha vela, de certa maneira, o preconceito contra o negro, associando sua imagem, ao macaco. “Muitos não entendem o quão séria é a utilização da figura do macaco como um insulto. O simples ato de comparar negros e macacos é racista por si só.”. 

A pergunta é:  São legitimas estas manifestações, até que ponto o preconceito não está velado...talvez nesta atual conjuntura social seja é melhor sermos macacos ao invés de humanos. 

Por Pedro Gomes/NI

segunda-feira, 17 de março de 2014

Câmara Municipal concede ao fotógrafo Sebastião Salgado o título de cidadão de Porto Alegre


Da Esq.: Sebastiäo Melo; Mauro Pinheiro; Lélia Salgado; Sebastiäo Salgado e Raul point
Na última sexta-feira (14) a Câmara Municipal Entregou o o título de Cidadão de Porto Alegre ao fotojornalista Sebastião Salgado e o Diploma de Honra ao Mérito a Lélia Salgado, esposa do fotógrafo. Sebastião falou sobre o crescimento econômico do estado nos últimos anos e das conquistas históricas do Rio Grande do Sul. O fotógrafo ainda comentou sobre seu próximo projeto com o povo indígena e salientou a importância da proteção das terras indígenas no Brasil. “Quero, com o meu trabalho, homenagear essas populações”, disse. Salgado esta em Porto Alegre para a divulgação da exposição de seu mais recente projeto, Genesis, a exposição está aberta a visitação na Usina do Gasômetro em Porto Alegre. 
Cristiane Moreira/NI
Na foto: Da Esq.: Sebastiäo Melo; Mauro Pinheiro; Sebastiäo Salgado, lélia Salgado e Sofia Cavedon  

sexta-feira, 14 de março de 2014

Força feminina: o alicerce da casa

Cristiane Moreira
Casa em ordem, silenciosa, toda arrumada, com cachorro dormindo na porta e bibelôs na estante: nem parecia a casa onde vivem quatro crianças. Neste ambiente, a entrevistada, Dona Náurea Regina Padilha, me recebeu. Enquanto tomávamos chá de camomila, ela me contou um pouco de sua história, da trajetória desta família que sempre teve como alicerce a força feminina.
Náurea tinha 26 anos quando descobriu que estava grávida, na época, sua irmã mais nova já tinha um filho, que segundo ela, era motivo de desgosto para sua mãe. 
Conta que se desesperou ao saber, pois não queria reviver a difícil história da irmã. Com o passar do tempo, a barriga cresceu e ela não teve como esconder, e como já esperava, não teve apoio materno. Náurea Regina relata que não casou com o pai de sua filha, mas afirma que quando tinha um desejo, ele tratava de atendê-lo. Durante os nove meses de gestação, Náurea e seu bebê conviveram com a rejeição de sua família e após o nascimento da menina, que chamou de kelly,  teve que enfrentar as dificuldades de ser mãe de primeira viagem, solteira e desempregada. Ela conta que em determinada noite a recém nascida não parava de chorar e sua mãe, que até então sequer olhava para a neta, teve seu primeiro contato com a pequena Kelly. A avó pegou a menina no colo, o choro cessou e ambas dormiram, "desde então, Kelly nunca mais dormiu separada da avó", conta emocionada.
Hoje, Náurea Regina Padilha tem 52 anos, é aposentada e vive com sua filha Kelly e seus quatro netos, na mesma casa onde morou com sua mãe. Mesmo com dificuldades de saúde, devido a um AVC, que teve há oito anos, ela dedica seu tempo na educação e cuidado com os netos. A avó cuida das crianças enquanto a filha trabalha. Para Náurea a sua maior alegria é ver a felicidade dos netos, “a minha felicidade é receber a aposentadoria e poder comprar alguma coisa pra eles”. Ao falar sobre o futuro dos pequenos, a avó se emociona e diz que sua maior preocupação é que eles não tenham contato com as drogas e que saibam o valor do trabalho.
“Eu espero que meus netos trabalhem, trabalhem para adquirir o que é deles”.


Náurea, Kelly e as demais personagens desta história, compõem um crescente percentual de famílias chefiadas por mulheres. Mães e avós que sustentam suas famílias sozinhas. Que não olham para as dificuldades e preconceitos, mas sim, seguem em frente, em uma luta diária para oferecer o básico a seus filhos e netos. Ao ser questionada sobre o que é ser mãe, minha entrevistada responde: “É dar amor e ensinar o que é certo e o que é errado, mas o essencial é mostrar aos filhos o que é ser honesto”. Para estas mulheres, o maior legado a ser deixado para suas famílias é a dignidade.  
Por Cristiane Moreira/NI

Cristiane Moreira

Cristiane Moreira

Cristiane Moreira


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Apresentação da agência

 Notícias Inquietas é um espaço desenvolvido pelos alunos de jornalismo da disciplina Projeto Experimental: Agência de Notícias da UniRitter, em Porto Alegre.
Serão abordados diversos temas jornalísticos, não só de interesse local, mas de cunho nacional.
A equipe é composta pelos alunos: Alexandre Tessler, Cristiane Moreira, Desiree Oliveira, Juliana Pereira, Maíra Pilatti e Pedro Gomes.
Todo conteúdo aqui publicado é de autoria dos alunos.